Infelizmente, idêntico ao aborto das eleições 2010, o tema maçante como promessa
eleitoral para 2014 será a redução da maioridade penal, combinada com aplicação
de punições mais severas. Com tantas necessidades aterrorizando o povo
brasileiro (educação, saúde, mobilidade, segurança, agressões ao ambiente, etc)
e lá vem os/as oportunistas explorar a estúpida fixação nos efeitos! O que
alimenta a violência não é a falta de leis, mas a explícita incapacidade de ressocializar do sistema
medieval prisional e viciado vigente, e claro, a justiça que não alcança os assaltantes do erário.
Recentemente noticiaram que o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot informou que quase metade do Congresso tem pendências
criminais; alguns processos blindados com o “segredo de justiça”, o que pode
ser entendido como facilitador à impunidade histórica, que ainda conta com o
apoio da imunidade parlamentar e o foro privilegiado. Quase ninguém teve acesso acesso a essa informação do Janot, ao contrário da enxurrada de noticias que surgem reforçando à redução da maioridade penal.
Há tempos que o Brasil figura entre os países que
apresentam aumento contínuo da população carcerária; e não é por falta de leis, elas existem, mas tão somente porque não há interesse dos legisladores em
esmiuçar as causas. Se esmiuçasse, certamente seria identificado o agente viral
causador, não somente da violência, mas também do ineficaz sistema público de transporte,
o Curruptus-impunescolariuns brancus, também responsável por aquela obra do
hospital que já levou milhões e só apresenta o esqueleto alicerce. Mas ficam só nos causas, e o pior: responsabilizando jovens que sequer muitos nem endereço têm endereço. Que noção de civilidade quer cobrar o Estado, do futuro que mal tem passado, que dirá presente, sem nem família o tem? O Brasil, acredito, deve buscar políticas que levem à aplicação de uma educação transformadora, e não de políticas aterrorizantes que negam cidadania ao seu povo.
Em vez de penas mais duras ou redução da maioridade penal,
o tema oportuno, principalmente pós-mensalão e outras aberrações, bem que
poderia ser o fim da imunidade política e do foro privilegiado; o compromisso eleitoral
chave para 2014. Propostas que certamente não entra na cartilha dos que buscam
reeleição. Pois se as tivessem já teriam apresentado.
Enfim, acreditando que problemas complexos são solucionados com ações simples, busque fugir dos efeitos que levam ao modismo eleitoral de 2014 para que responda: quem mata mais? O jovem sem habitat que aperta o gatilho no semáfaro, ou aquele/a que desviou o dinheiro da creche pública, que garantiria apoio a criança enquanto pais saem à luta?
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