1º de junho de 2014, dez anos da aventura intervencionista do Brasil no
Haiti, comandando a Minustah (Missão das Nações Unidas para a estabilzação no
Haiti), em substituição a força militar golpista composta de militares
canadenses e franceses, liderados pelos EUA. Intervenção consolidada em 18 de
agosto de 2014 na partida de futebol chamado “Pela Paz”, fórmula encontrada pelo
Sistema para ganhar a confiança do povo haitiano.
O envolvimento do Brasil na farsa de “estabilização” do Haiti, ainda no
primeiro mandato do governo Lula, ocorreu não por necessidade de socorro ao
povo haitiano, mas pelo vislumbre do então presidente Lula de que “nunca antes
na história (...)” se teria tamanha facilidade para ter assento permanente no
Conselho de Segurança da ONU e oportunidade para o aprofundamento de laços
comerciais com os históricos espoliadores do povo haitiano.
A cadeira permanente no Conselho não veio, e certamente não virá. O
Brasil que imaginou que o laboratório Haiti pudesse oportunizar uma espécie de
império emergente na América Latina ficou apenas com os dedos sujos de tanto lustrar
o coturno do império estadunidense.
Enfim, passou da hora do Brasil abandonar a farsa que já consumiu
bilhões do erário. Não só o povo haitiano, mas também o povo brasileiro sabe
que presença da Minustah, que em vez de esperança levou o cólera, viola,
segundo organizações dos direitos humanos, os princípios básicos do Direito
Internacional Público, entre eles, o direito à soberania nacional.
Brazil returns home! Essa ocupação é responsabilidade dos EUA.
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