quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Brasil, um país virado ao avesso por uma minoria de patifes, por conta de uma maioria tola dividida

O Brasil passa por tempos sombrios. De um lado um povo dividido entre coxinhas e pães com mortadela; em ambos os grupos a maioria vai seguindo feito boiada em estouro a cada intervalo plim-plim em direção ao abismo da estupidez sem identificar os motivos da divisão plantada nos meios de comunicações; do outro lado, uma dúzia de inimigos, vendilhões das garantias de gerações porvir. Uma quadrilha de traidores, que zomba, escarra e sabota um povo dividido; por isso que eles, os patifes parecem um exército. Traidores que passaram os últimos 15 anos hibernando a trama de sequestro do poder, para transforma este gigante Brasil em mero quintal dos vampiros estrangeiros, arquitetando, primeiramente, a divisão do povo.

Queer Museu Santander
Que fenômeno é esse? Uma simples exposição de arte vira batalha campal, aumentando a separação de brasileiros, como se não bastassem as duplas cidadanias, considerando, que sequer, a maioria consegue exercer plenamente uma cidadania. Povo que se fixa na devastação do furacão Irma, lá no extremo do continente, mas que não se dá conta do desmonte de empresas e das devastações de recursos naturais estratégicos incluso na ordem do dia pelos vendilhões traidores da Pátria, muito antes do golpe que tombou a democracia brasileira. Enquanto o povo estupidamente se digladia em situações, em que maioria dos conflitos diz respeito a foro íntimo, ao direito às individualidades, por exemplo à arte e a cultura, eles, os traidores, infiltrados nas estruturas de poder desfilam malas que sequer fecham de tanto dinheiro roubado, enquanto o povo, a vítima da patifaria, faz piada de sua tragédia.
A letargia é tamanha, que o povo em vez de sair às ruas, faz até aposta de quem será o ministro sorteado pela Suprema Corte para relatar processos escabrosos; como se adivinhando o resultado, colocando em dúvida a lisura sobre o Poder que deveria ser anteparo da esperança daqueles com fome e sede de justiça, em especial os mais humildes, os sem tostões, que estupefatos veem em liberdade os que roubam milhões. Milhões da merenda de crianças, da saúde, da educação, enquanto que o Zé, o das couves, aquele que furtou a bicicleta sem freio foi assassinado na rebelião.
Indios flecheiros
Que calmante é esse que faz um povo criativo tornar-se apático a crueza da realidade? Informações de dizimo de uma comunidade de índios isolados sequer são abordadas no bate-papos digitais, mas todos inflam os pulmões para dizer que são a favor da defesa da Amazônia; tanto coxinhas como pães com mortadela. É possível que muitos brasileiros sequer saibam do extermínio dos índios flecheiros. Interessante é que argumentam a defesa da Amazônia, no caso da RENCA, sem fazer reflexão de minerais estratégicos à Nação. Foram anos e anos de pesquisas; estas, podemos acreditar, com tudo catalogado; e agora segue à rapinagem estrangeira.
Curumim
As vezes fico buscando em meus monólogos com perguntas e respostas melhor compreensão desses sombrios tempos que estamos passando, desse Brasil ao avesso, o qual reforça a reflexão de Ruy Barbosa: "De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.". O que de fato passa na cabeça do povo brasileiro, que o deixa anestésico à realidade? Como a retórica religiosa raivosa, a qual percebe-se, está nos levando a condições fundamentalista, vem fincando raízes na outrora diversidade religiosa, afinal, aqui é Brasil, caldeirão de raças, culturas, religiões e crenças? Como? Olhamos a vizinha Venezuela pela janela do sistema que nos devora, mas sequer olhamos o Brasil, nosso chão.

Tem momentos que seria interessante e até saudável, ver o povo orbitando no umbigo coletivo, porém, claro, respeitando as individualidades. Afinal até gêmeos são diferentes.

Um comentário:

Bruno Bastos disse...

Muito rico o artigo Fernando, "o povo sente vergonha de ser honesto" justamente por isso muitos se curvam a corrupção e a desonestidade. Muito bem observado!!

Seu candidato a presidente tem a coragem que o povo brasileiro necessita?

Eis que no Brasil golpeado por traidores, surge como salvação da pátria roubada a proposta de ampliação de escolas militares. Vão espalha...