O governo de Michel Temer, que
dizem por aí contar com 5% de apoio, além da venda de
empresas nacionais estratégicas para o capital estrangeiro, por exemplo, a Eletrobras, vai rasgar a Amazônia brasileira à exploração de mineração privada. Trata-se
da Reserva Nacional de Cobre e Seus Associados (RENCA). A área do ataque ao patrimônio
natural da humanidade tem tamanho aproximado de 46.000km², e fica localizada
entre os estados do Pará e Amapá. A RENCA foi criada no governo militar, que
determinava que somente a empresa pública, Companhia de Pesquisa e de Recursos
Minerais (CPRM), pertencente ao Ministério de Minas e Energia podia fazer
pesquisa geológica para avaliar as ocorrências de minérios na área. Liberada a
área pelo decreto, o próximo passo será o leilão.
A traição do governo tampão ao ambiente brasileiro,
composto por inúmeros investigados em corrupções diversas, inclusive pela bancada ruralista, publicamente declarada inimiga de reservas aos ameríndios, não para só no
decreto. Cinco meses antes do anúncio oficial, segundo a BBC o ministro de Minas e Energia, Fernando
Coelho Filho, filho do senador Fernando Bezerra (PSB), esse, alvo da Operação Lava Jato; em evento a empresários no Canadá anunciou que a área de preservação
amazônica seria extinta, e a exploração seria leiloada entre empresas privadas. Segundo a pasta, esta foi a primeira vez nos últimos 15 anos que um ministro de Minas e Energia participava do evento. Trinta e três anos de pesquisas.... Quais ocorrências minerais foram registradas
nessas três décadas? O povo não é tolo, imaginar que as pesquisas estão
protegidas em sigilo.
Não é só uma lasca do patrimônio mundial da humanidade que estão leiloando a predadores privados, mas o futuro de gerações, ou melhor, a garantia de sustentabilidade de gerações porvir. Estão abrindo a porta para destruição da Amazônia. E paralela a destruição, o desmonte dos órgãos de fiscalização e controle, sob a irresponsável falácia de redução do Estado.
O povo brasileiro precisa compreender a destruição do patrimônio nacional em curso, o desmonte da Nação. Um governo tampão, com suspeitos 5% de aprovação, com boa parte de seus integrantes alvos de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) não pode se apropriar do patrimônio de todos, e negociar, como se fosse negócio de família. É a soberania do Brasil que está em jogo. E se tratando da Amazônia, são vidas que estão em risco, para que uma minoria tenha lucro sobre o patrimônio de todos, inclusive daqueles que nem nasceram ainda. Empresas que participam da receptação desse importante patrimônio devem ter seus produtos boicotados, não só por brasileiros, mas globalmente, afinal, não fosse o receptador o ladrão jamais existiria.
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