O povo capixaba, assim como cariocas e
paulistas deviam perguntar aos chorões dos royalties de petróleo,
principalmente aos ex-governadores e prefeitos, aos representantes legislativos
que fiscalizam os poderes executivos, onde se localiza o município referência
em excelência na saúde e na educação com o dinheiro arrecadado. Não quero aqui
dizer que sou contra que os estados produtores recebam sua compensação
ambiental, mas necessariamente, levantar dúvidas sobre o cerne do chororó.
Aqui em nosso (?) estado do Espírito
Santo já vimos projeções de quanto a população vai perder. Mas o que de fato
ela ganhou com a fortuna arrecadada, além de praças inauguradas ao som da
Calipso, Ivete, Chiclete e tal?
Cadê a universidade pública e as
escolas de ponta? Cadê as milhares de ambulâncias e leitos hospitalares?
O que vemos, e quando vemos, são escândalos.
Aqui vimos inicialmente a Operação Lee Oswald que levou para a cadeia 28
pessoas, inclusive o prefeito do município maior produtor de petróleo; depois a
Operação Pixote, e mais recentemente a Operação Derrama (foto ao lado - prefeitos denunciados), arquivada a pedido do
procurador Geral (?!). Nessa última Operação, figura o nome do atual presidente
do legislativo, Theodorico Ferraço, O qual preside um parlamento, não digo
cego, mas mudo diante de todas essas Operações.
Acredito, por conta de potenciais
acidentes ambientais, que os estados produtores têm direito de receber maior
fatia na divisão dos royalties, assim como os estados que produzem outras
riquezas, por exemplo, o minério mineiro e o ouro paraense. Mas dizer que o
petróleo, o minério e o ouro é nosso, é do povo brasileiro, isso é falácia.
Tudo serve só para afirmar nossa condição neocolonial, assinada com o cancro da
corrupção, imunizada pela impunidade.
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