A Fuga de Dom João VI |
Toda a história do Brasil, desde, talvez a falsa
descoberta por Pedro Alvares Cabral, as vezes me leva a imaginar que os
exploradores do mundo, ou melhor, aqueles que se acham donos, e talvez sejam,
têm acesso ao futuro, e fizeram e fazem de tudo para que o Brasil, com dimensão
continental não dê certo, pelo menos para os próximos 50 anos, ou quem sabe,
até que se tenha certeza de um novo planeta no espaço sideral, com condições de
garantia da vida semelhante à do planeta Terra. Vejo sabotagem contra o Brasil desde
a fuga de dom João VI do exército de Napoleão. A maioria talvez não saiba, mas
o Brasil foi a única colônia na qual o colonizador se instalou. Daí, considerando
o poder militar de Napoleão à época, até o brasileirinho que ainda está porvir,
saberá que a coroa inglesa cobrou alto valor para dar garantias à fuga da família
real portuguesa.
José Bento Monteiro Lobato |
Aqui já disseram que não tinha petróleo. Isso mesmo! E ai
daquele que ousassem apenas sussurrar de que aqui existisse petróleo; era perseguido,
preso. O Monteiro Lobato, aquele que a mídia traidora do povo brasileiro só
apresenta como o velhinho de sobrancelhas grossas e coladas, com bigode Chaplin
não era só Sítio do Picapau Amarelo, de Pedrinho e Narizinho. Inspirado no que
viu quando nomeado por Washington Luís a exercer a função de adido comercial,
nos EUA, José Bento Monteiro Lobato, com a certeza de que o sonho americano era
materializado por meio de investimentos na extração de petróleo, foi um dos
principais brasileiros a investir na extração de petróleo em solo brasileiro. Ele
defendia a nacionalização do petróleo, como garantia de melhoria na qualidade
de vida do povo brasileiro. Mas havia muitos interesses externos para sabotar
qualquer intenção do Brasil vir a nacionalizar seu petróleo.
Junta Governativa |
O sucessor de Washington Luís derrubado antes de terminar
o mandato pela “junta governativa provisória” (bonito nome para um golpe
militar), seria Júlio Prestes, que também tinha inspiração sobre o poder de
transformação do petróleo, ao contrário de Getúlio Vargas que sucede a junta
governativa. Esse passa a perseguir as ideias de Monteiro Lobato, que retorna
ao Brasil em 1931, passando a defender investimento em petróleo, ferro e
infraestrutura. Lobato cria a Companhia Petróleos do Brasil; criando com o
sucesso dessa, mais quatro companhias: Companhia de Petróleo Nacional, Companhia
de Petrolífera Brasileira, Companhia de Petróleo cruzeiro do Sul e Companhia
Mato-grossense de Petróleo, com essa pretendendo explorar petróleo na fronteira
com a Bolívia que já havia encontrado petróleo em seu território. E o governo
getulista com apoio de empresários brasileiros afirmando o contrário, com a
absurda sustentação de que se houvesse petróleo em solo brasileiro, esse já
estaria sendo explorado por empresas americanas, desconsiderando à inexistência
de capital nacional necessário para as pesquisas em campo.
Lobato empregava técnicos americanos em suas empresas,
pois o Brasil à época não contava, com mão de obra especializada na prospecção
e exploração de petróleo. Face às percepções de sabotagens em suas empresas,
essas feitas por órgãos governamentais, Lobato começa a suspeitar de que os
americanos já trabalhavam o mapeamento das áreas petrolíferas. Denunciando em
carta suas suspeitas ao então omisso presidente Getúlio Vargas. Diante da
omissão de Vargas, Lobato pública o livro “A Luta Pelo Petróleo”, denunciando o
Serviço Geológico Nacional, órgão oficial encarregado das pesquisas.
Lobato incomodava tanto a ação sigilosa de grupos
estrangeiros que agiam nas sombras, quanto do governo federal, que em 1936 interdita
uma de suas sondas. Lobato não recua, e encontra gás a 250 metros de
profundidade em Alagoas. Nesse mesmo ano publica o livro “O escândalo do
Petróleo”. No livro que teve três edições esgotadas, ele denunciava dois técnicos
estrangeiros, que vendiam informações a empresas estrangeiras sobre o subsolo
brasileiro. Em 1937 o livro é censurado pela ditadura Vargas, e perseverante,
Monteiro Lobato lança mais um livro sobre o assunto dando uma aula de geologia
às crianças: O Poço do Visconde.
Getúlio e o petróleo brasileiro |
Em 1938 o governo Vargas encontra petróleo na Bahia. No
ano seguinte Getúlio cria o Conselho Nacional de Petróleo (CNP), primeira iniciativa
para regular as pesquisas e exploração; até então existia disputa entre
empresários (Monteiro Lobato e empresa estrangeiras) e os agora ideais
getulistas sobre o petróleo. Uma alteração de última hora (certamente
estratégica), altera o projeto de lei do CNP, passando a considerar da União,
ou seja, do povo brasileiro todas as jazidas de petróleo em solo brasileiro,
inclusive as não encontradas. Em 1941 Lobato envia carta ao presidente Getúlio Vargas
fazendo duras críticas à política de exploração de petróleo, e acaba sendo
preso pelo general Horta Barbosa, que mais tarde, já no entreguista governo
Dutra que defendia uma política econômica liberal, torna-se líder da campanha “O
Petróleo é Nosso! ”. Pela carta Lobato foi condenando a seis meses de prisão
sem banho de sol. Desses cumpriu três recebendo indulto do presidente Vargas.
E hoje, nos, o povo, que ainda pisamos sobre tanta
riqueza, assistimos nos manipulados meios de comunicações, os quais a maioria
faz uso de concessão pública para trair, nos, o povo, um “des-governo”, que não
foi eleito com as propostas econômicas e de Reformas em curso, promovendo
inclusive o desmonte de empresas estratégicas, entregando recursos naturais
estratégicos a sanha do capital estrangeiro, em detrimento do interesse
nacional. Um governo com 3% de aprovação só deveria ter uma opção: retirar-se
de cena, para que o Brasil se volte para seu povo, roubado desde a sabotagem do
descobrimento.
Enfim, por uma Petrobrás fortemente brasileira, fora
Shell! Fora Exxon! Fora Total! Fora todos os vampiros e traidores do Brasil! O
Petróleo pertence ao povo brasileiro, e para ele se destinará sua riqueza.
"O
petróleo é o sangue da terra, é a alma da indústria moderna, é a soberania é a
dominação; tê-lo é abrir todas as portas; não tê-lo é ser escravo, daí a fúria do
mundo moderno na luta pelo petróleo". (Monteiro Lobato)