Acredito, que a maior façanha do homem desde o seu nascimento é a fala,
a arte de se comunicar. Quando o/a neném começa a balbuciar no enrolar da
língua sons incompreensíveis; para estimular tentamos imitá-lo/a, como forma de
acelerar seu aprimoramento na comunicação. Quando ele/ela solta os primeiros
“gu-gus” e “da-das” a alegria inicia o processo rumo ao êxtase do “pa-pa” e
“mam-mam”; até o “au-au” é celebrado.
Mas essa façanha corre perigo! Nos dias atuais, em que a comunicação,
nas mais variadas formas de parafernália digital se encontra ao alcance da
maioria, observamos, que estamos, com os “entupidores” de ouvidos saídos dos
smartphones ignorando a comunicação com o próximo, com o vizinho; embora,
contudo, acessa-se todo o globo, traduzindo línguas e dialetos.
Sobre, deixo minha fértil imaginação prever que em breve, celebraremos o
reencontro do homem adulto com a sua fala; profecia encontrada em pequena tira
da importante obra de Simon & Garfunkel, na canção The Sound Of Silence
(O Som do Silêncio), que alerta: “Tolos eu disse: vocês não sabem, silêncio é
como um câncer que cresce...”.
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