Crianças não soltam mais
pipa, proibiram o cerol. Cerol que fazia outras crianças correrem em algazarra
por ruas, becos e caminhos; equilibrando-se em cima de muros enquanto cães
raivosos saltavam feito pipoca, buscando frágeis ágeis pés.
- Sem cerol, seu polícia, não
tem graça! Perde-se a emoção do “cerol fininho”.
Depois de fazer a festa de
alguns que não tinham condições financeiras para comprar um "pipaço", antes de refletirmos sobre o papel do Estado/Sistema, cruzar pipas degola velozes motociclistas.
- O cruzo, seu guarda, é
maestria na arte de dibicar a pipa, conduzindo o adversário ao erro. E o senhor
não imagina a emoção em cortar e ficar observando do alto, crianças, feito
formigas, correndo entre becos para a “colônia” pipa.
Em vez de leis para
adequação da indústria de motos para hábitos centenários do povo, em especial o
da periferia, vemos nossas crianças, que antes soltavam pipas, mas desde ontem
estão sendo mortas por balas; algumas perdidas que ninguém desejaria encontrar.
Balas do Estado, do bandido
e do tráfico, e certamente, balas produzida pelo Sistema que não permite mais
soltar pipa com cerol, que não retirou o capacete de motociclistas que usam
motos como instrumento do crime. Alguns motociclistas até atiram. Algumas vezes em crianças, mas essas, soltam pipa.
Um comentário:
La Mancha tenho quase 40 anos, e sua reflexão trouxe-me recordações dos tempos em que soltar pipas ewra diversão de minhas férias. Mas perdemos... Perdemos os dibicos, as correrias atrás da pipa cortada que voava solta cheia de linha, e talvez vc se lembre que linha era artigo de luxo para a molecada da periferia, que de "marimbondo em marimbondo" conseguia quase um "deizaão dos grandes... E se tinha paz.
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