Não existe mal maior à democracia, à liberdade de escolha de fato, longe dos maçantes e influentes marquetings milionários, do que a divulgação de pesquisas às vésperas da eleição.
Os institutos, mais uma vez, mostraram que funcionam, a imprensa dominante também, o que não funciona ainda é a consciência do eleitor, metralhada com pesquisas especulativas, as quais têm uma missão: aniquilar a democracia com o voto in-útil.
Uma escola pública no município de Serra-ES, contrastando com as ilusórias propagandas institucionais, estava literalmente uma zona. Na entrada uma cartolina fixada com durex avisava: “Cuidado! Portão quebrado”. Dentro da "zona", além do mato que substituía um possível jardim, caras e bocas marcadas pelo voto útil desfilavam o desafio de compreensão dessa irracional competição, na qual quem sempre perde é a silenciosa maioria.
O Sistema dominante nunca ganhou uma eleição com custos tão baixos quanto esta, que visivelmente conseguiu anular os efeitos do serviço de boca de urna. Pior do que a boca de urna são as milionárias pesquisas, que arrebatam a liberdade do eleitor ter direito à dúvida até o encontro final com a máquina que não dá recibo.
Esta também foi a eleição das incertezas. Dúvidas sobre a aplicação da Ficha Limpa para esse pleito mostraram que a instância máxima da justiça brasileira, o STF, está ainda muito distante da bifurcação do caminho das certezas populares. A veiculação de propagandas de candidaturas indeferidas causando conflitos na escolha do eleitor e a falta de publicização sobre a apuração das denúncias supostamente enviadas ao TRE-ES contribuíram ainda mais para crescimento da legião dos indecisos, envolvida no apelo do voto in-útil, ocultado nas manchetes da mídia que não consegue enxergar o rombo no cerne da democracia, que é a liberdade de escolha.
Nesta eleição a principal materialização de repulsa ao ilusório processo eleitoral que aí se encontra foi marcada pelo povo paulistano ao apoio à candidatura do Tiririca, o segundo deputado federal mais votado na história da hipócrita democracia brasileira, antes dele, o Enéias. Mais do que promessas de campanha, o paulistano demonstrou com o protesto que quer mesmo é se contorcer de rir no picadeiro da sacanagem oficial, porém os palhaços de fato somos nós, os indecisos, alvo principal das pesquisas eleitorais.
Os institutos, mais uma vez, mostraram que funcionam, a imprensa dominante também, o que não funciona ainda é a consciência do eleitor, metralhada com pesquisas especulativas, as quais têm uma missão: aniquilar a democracia com o voto in-útil.
Uma escola pública no município de Serra-ES, contrastando com as ilusórias propagandas institucionais, estava literalmente uma zona. Na entrada uma cartolina fixada com durex avisava: “Cuidado! Portão quebrado”. Dentro da "zona", além do mato que substituía um possível jardim, caras e bocas marcadas pelo voto útil desfilavam o desafio de compreensão dessa irracional competição, na qual quem sempre perde é a silenciosa maioria.
O Sistema dominante nunca ganhou uma eleição com custos tão baixos quanto esta, que visivelmente conseguiu anular os efeitos do serviço de boca de urna. Pior do que a boca de urna são as milionárias pesquisas, que arrebatam a liberdade do eleitor ter direito à dúvida até o encontro final com a máquina que não dá recibo.
Esta também foi a eleição das incertezas. Dúvidas sobre a aplicação da Ficha Limpa para esse pleito mostraram que a instância máxima da justiça brasileira, o STF, está ainda muito distante da bifurcação do caminho das certezas populares. A veiculação de propagandas de candidaturas indeferidas causando conflitos na escolha do eleitor e a falta de publicização sobre a apuração das denúncias supostamente enviadas ao TRE-ES contribuíram ainda mais para crescimento da legião dos indecisos, envolvida no apelo do voto in-útil, ocultado nas manchetes da mídia que não consegue enxergar o rombo no cerne da democracia, que é a liberdade de escolha.
Nesta eleição a principal materialização de repulsa ao ilusório processo eleitoral que aí se encontra foi marcada pelo povo paulistano ao apoio à candidatura do Tiririca, o segundo deputado federal mais votado na história da hipócrita democracia brasileira, antes dele, o Enéias. Mais do que promessas de campanha, o paulistano demonstrou com o protesto que quer mesmo é se contorcer de rir no picadeiro da sacanagem oficial, porém os palhaços de fato somos nós, os indecisos, alvo principal das pesquisas eleitorais.
2 comentários:
Belo texto. Ontem após a eleição, quando passava meio à feira do bairro ouvi o seguinte comentário de uma eleitora: "Ainda não votei, vou ver se acho um candidato bom em meio à tanto lixo". Ora, pensava eu que a senhora era uma cidadã revoltada, mas logo em frente via mesma a catar seu candidato nos panfletos largados pela rua!
Triste pesar...
Sim. Também observei eleitores buscando no lixo publicitário seus representantes...rs Pois é, Alyce. Contra as pesquisas que anunciavam a eleição de Dilma no primeiro turno 27 milhões de abstenções, mais do que os eleitores da Marina; fora os fisgados pelo voto in-útil, os catadores de lixo, e outros tantos abduzidos por pedidos de amigos e parentes. Agora, apenas dois na disputa. Estou tentado trocar a culpa pela multa. O processo eleitoral que aí encontramos é uma farsa. Nos livramos da ditadura para nos entorpcer com essa democra$$ia. Triste democracia quando escutamos o clamor em trocar o pior pelo ruim. Sim. Há esse sussuro que de certa forma me faz refletir sobre o passado. Mas preciso de um verdadeiro e ecoante grito do ipiranga, não um sussuro...rs A multa é tentadora..rs
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