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Geral no Maracanã - Futebol, esporte popular |
O futebol brasileiro que antes
unia torcedores em paixões e risos estimulados em gozações inocentes, hoje divide
torcidas em irracionais batalhas sangrentas. Bons tempos aqueles do mesclado espetáculo
da geral, o futebol como esporte popular, com torcidas em mosaico de cores e
escudos. A divisão no futebol na virada do século XXI pelo que observamos não
foi suficiente. A prática religiosa que ontem emanava paz, hoje destila ódio e intolerância;
sendo normal (?) disputas dentro de denominações comuns, protestantes ou não;
disputas não pela misericórdia e o amor d’Ele, que pregava o amor e a
tolerância, mas pelo poder simplista de dominação. Enquanto a disputa acirra, muitos
estão deixando a paixão por seu time do coração, deixando de rir vitórias e
derrotas; deixando a fé, tão importante na união de multidões nas religiões e
denominações diversas. Liberdade religiosa só na vilipendiada Constituição
Federal do Brasil.
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Sem legenda - a imagem e a história fala por si |
O povo, que ontem era unido
por direito à cidadania e dignidade, em defesa do ambiente comum a todos, em
defesa das crianças e dos idosos, hoje se encontra dividido; distinguidos na insana
divisão: coxinha e “pão com mortadela. Coxinha, aliás, o verdadeiro coxinha,
tem como carimbo oficial a fixação nas cores verde e amarelo, traduzido em um
patriotismo idiota, que sequer o desperta para perceber o desmonte da Pátria em
curso. O coxinha se diz em defesa das crianças, mas sequer percebe que ao seu
redor há uma multidão de crianças famintas revirando lixões atrás da primeira
refeição do dia no país mais rico da América Latina, um dos mais ricos do
mundo; e não faz tanto tempo O Brasil alcançava o patamar de 6ª economia do
planeta ultrapassando o Reino Unido. Coxinha infla o peito para criticar o
bolsa família, dizendo que pobre não precisa de peixe, mas sim de vara para
pescar, mas sequer sussurra contrariedade ao “bolsa moradia”, e mais
recentemente o “bolsa mudança”, além de outras “bolsas” de garantias para
ultrapassar o teto constitucional a membros do judiciário e ministérios
públicos. Vive na seletividade do ódio. Ódio ao “pão com mortadela” e as
bandeiras que esse defende.
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A lenda - a qual espero sem des-arranjo de "governabilidade" |
O pão com mortadela, em sua
imensa maioria se sente feliz por não ser coxinha, fortalecendo a divisão
imposta pelo poder oculto, o Sistema dominante, que trabalha essa divisão desde
a criação do futebol de torcidas, das divisões religiosas. O pão com mortadela ama
ser identificado como o rebelde visionário, o esquerda, mas quando a esquerda chega
ao poder esquece do papel de se manter à esquerda, vigilante ao governo, pois
mesmo que esse tenha sido eleito com bandeiras consideradas esquerdas, muitos as
esquecem na subida da rampa do poder, no frágil discurso de assegurar a
governabilidade.
Pão com mortadela e coxinha
não podem esquecer que povo, no conceito da democracia global vigente vai ser
sempre povo, e governo, sempre governo à serviço daqueles que o financia;
cabendo unicamente ao povo, mesmo dividido nesse conceito, apenas a homologação
da maldade governamental por meio do voto, ou seja, atesta por meio de seu voto
as maldades praticadas contra si... O pão com mortadela e o coxinha deviam
buscar abandonar as diferenças de certa forma fabricadas, e trabalhar a
conscientização; principalmente dos desgarrados dessa insana disputa. Não na
imposição, mas com exemplos que borbulham incessantemente no caldeirão dos
divididos, afinal, ambos são devorados pelo Sistema que divide e domina.
Coxinha e pão com mortadela
deviam se auto perguntar: A quem interessa a divisão do povo brasileiro? O pivô
do fortalecimento dessa divisão, tanto em torcidas de futebol como simplesmente
do povo brasileiro é a grande mídia. Disso não há dúvidas. Ontem o pão com
mortadela tirou o óculo Globo; hoje quem tira esse óculo é o coxinha. Todos aparentemente
parecem unidos na #GloboLixo. Aliás, ambos devem buscar se conscientizar que a
grande mídia não trabalha com a verdade, mas somente na manipulação da
realidade, ultimamente focada na divisão do povo. Por exemplo: em vez de identificar
os sujeitos, quando abordam questões tipo: padre ou pastor pedófilo, ladrão,
personificam a religião ou denominação pois assim agudam a divisão. Foi o que
fizeram com o futebol. A corrupção que ontem era tratada como escândalo, hoje,
com raríssimas exceções, é lançada não como informação repugnante, mas como uma
simples receita de bolo, banalizando o que já foi de certa forma raro antes, principalmente
com relação ao volume das cifras roubadas da Pátria, de seu povo. A grande mídia quando
noticia simplesmente e propositalmente a quebra de imagens religiosas chuta para
longe a liberdade religiosa, acentuando à divisão, principalmente dos mais
humildes, vítimas de frente do ódio e da intolerância, enquanto todos são
roubados no mais essencial: A dignidade da pessoa humana como princípio
absoluto, assegurado no Artigo 5° da Constituição federal do Brasil.
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Nióbio -escondem sua existência igual o petróleo do passado |
O Brasil de ontem, no qual se duvidou
à existência de petróleo na camada abaixo do pré-sal, vai sendo roubado exatamente
por aqueles que desdenhavam a existência desse petróleo. Estão levando empresas
e recursos estratégicos do povo. E não vão parar no petróleo, nas empresas
estratégicas como a Eletrobrás, nossos aeroportos e portos. Em breve desnacionalizarão
as jazidas de nióbio. Não divulgam, mas o Brasil possui 98% das jazidas de nióbio
do mundo. Não fosse esse precioso elemento a indústria aeroespacial, bélica,
nuclear e outras não avançariam, a conquista do espaço se restringiria a HQ de
Flash Gordon.
É preciso mais do que nunca de
União. Enquanto brigamos pelas ideias fabricadas para dividir o povo, lembre-se:
coxinha e pão com mortadela são alimentos baratos devorados pelo Sistema
capitalista que tem como oxigênio ideias fascistas, combustível para o
pensamento homogêneo, espelho da sociedade de consumo, já que as diferenças só
são admitidas se puder ser transformada em mercadoria. No momento, como alerta
a canção, a carne mais barata no mercado é a carne do trabalhador.