segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Não sei atirar, fazer bombas; estou aprendendo a escrever... Será que alguém vai ler?

A vida do povo brasileiro não está para brincadeira. Pensava em escrever alguma coisa, para, sei lá, levar esperança, mas são tantos absurdos que me perco no começar facilitando o desânimo acampar na planície da fé. Assistimos entorpecidos de covardia ao maior desmonte da pátria Brasil, ao sequestro de riquezas para garantias de desenvolvimento de gerações futuras; o gigante, mas nanico Brasil se transformou em uma máquina de produzir pílulas de maldade contra gerações futuras sob olhares plácidos do povo.

Anestesiados observamos à mais cruel desnacionalização de nossas riquezas e não vislumbramos reação por parte das vítimas dessa crueldade, o povo brasileiro, o qual foi envolvido em uma trama internacional de dominação por meio da divisão. Os traidores seguiram à risca a receita do imperador César: divite et impera (Dividir para reinar/dominar). Estratégia também citada por Nicolau Maquiavel no livro: A Arte da Guerra. A Técnica é simples. Ela se baseia ao controle que o soberano possui sobre a população, ou facções de interesses diferentes, e que essas juntas poderiam se opor ao seu governo. Dividindo, não há entendimento do mal posto. E depois do mal consolidado, basta lembrar Immanuel Kant , em Paz perpétua (esboço filosófico) fac et excusa (agir agora e pedir desculpas depois).

Particularmente eu gostava de acompanhar a caminhada do almirante Othon Luiz pinheiro com nosso genuíno submarino nuclear; o fortalecimento de nossa indústria naval; a anunciação da descoberta do petróleo do pré sal, mesmo com eles falando que o custo de sua exploração não compensaria; o nosso “silenciado” nióbio. E, de repente, o desmonte do Brasil sob o frágil argumento de que estão combatendo a corrupção.

O nacionalista almirante Othon
O almirante Othon, preso, ninguém se lembra mais dele; o petróleo do pré sal hoje com produção superando o do pós sal, sendo carregado pra fora, e de quebra o governo entreguista do patrimônio nacional ao capital estrangeiro aprova renúncia fiscal que beira 1 trilhão às empresas estrangeiras que vão explorar o nosso petróleo. Não há somente entrega de recursos e de patrimônio estratégico: a mão de obra do povo brasileiro também foi para a xepa da traição: a Reforma Trabalhista aprovada com a desculpa de modernização nas relações, nos fez retornar a uma espécie de senzala do século XXI.

Queria muito poder encontrar inspiração para escrever. E por meio do meu ajuntar de letras, que alguém lesse, reproduzisse, ou que ao menos refletisse; brigasse, debatesse; apoiasse ou criticasse. Não. Parece que todos estão absortos e de certa forma conformados de que aqui nos encontramos para o martírio, pois aos resignados, os de bom coração estará reservado o Paraíso. Sim... conheço um monte de gente que foge da luta dizendo que os maus prestarão contas quando morrer, e os que sofrem por ações dos homens maus herdarão o céu. Interessante é que todos têm medo da morte. 
Os maus tudo bem, afinal terão que prestar conta ao Juiz das galáxias, mas o bom não deveria ter medo da morte, afinal sua resignação é quase passaporte garantido para alcançar o Paraíso. E, portanto, deveria estar na luta, não se permitindo silenciar-se quando em confronto com o mau, afinal, quem se cala diante da maldade, é de certa forma cúmplice, certo? Sendo assim, não teria direito ao passaporte. Valendo lembrar que a maldade encontra abrigo no silêncio dos bons.  

Plataforma de exploração do petróleo pré sal
Preocupa-me muito estes próximos giros da Mãe Terra, principalmente aqui no Brasil, aliás, no mundo. Vemos o fascismo flertando com o totalitarismo em continentes diversos com crises ardilosamente arquitetadas. Alguns loucos arriscam se tratar dos efeitos produzidos por um certo clube Bildeberg. Lembro-me de ter lido algo semelhante em 2000 na revista Caros Amigos, foi na entrevista do delegado Francisco Garisto, que no conteúdo trazia um certo Comando Delta, uma espécie de tribunal internacional que produzia presidenciáveis. Face à ausência de candidatos expressivos que representam e defendam os interesses da direita pós golpe jurídico/parlamentar não creio que veremos fumaça branca saindo da chaminé do TSE em 2018, prolongando o caos promovido pelos traidores golpistas; a não ser por meio da união do povo. Lula, em todos os cenários se encontra imbatível ao pleito de 2018, e não é à toa. O Brasil em seu governo alcançou índices de crescimento socioeconômico de destaque global; chegamos a superar o Reino Unido em crescimento, mas a efetivação de sua candidatura é cercada de incertezas, não pelo rito normal do processo democrático, ou seja, pela vontade da maioria, mas pela aguardada definição de três desembargadores... Receio de que estamos nos aproximando aqui no Brasil de um período semelhante ao filme de Mel Gibson - Além da Cúpula do Trovão.

Carrego ainda uma caixa de fósforos, mas não sei se serão suficientes para produzir a centelha nessas trevas do golpe. Se ao menos eu pudesse escrever...Só queria escrever. Escrever para você que somos brasileiros de fibra, e que se tem luta, estamos dentro, em pé; pois se ficarmos de joelhos como nos encontramos, eles logo nos colocarão rastejantes.

Você que leu até aqui, Feliz Natal! Que a mensagem libertadora de Jesus Cristo, libertário, alcance os corações de todos, trazendo união e compreensão de que aqui é também o Paraíso. Para isso basta cada um olhar o outro como irmão em Cristo, desejando ao próximo o que almeja para si. E que o ano de 2018 seja um ano de respeito às decisões do povo, pois dele, como prega nossa Carta, emana todo o poder.

Seu candidato a presidente tem a coragem que o povo brasileiro necessita?

Eis que no Brasil golpeado por traidores, surge como salvação da pátria roubada a proposta de ampliação de escolas militares. Vão espalha...