A
ladainha de redução da maioridade penal tende a se fixar no consciente coletivo,
que entorpecido pela politicagem oportunista dos recém empossados prefeitos que
prometem guarda civil armada para enfrentar a violência esquece de analisar as
causas que levam crianças a perderem precocemente sua doce inocência.
Meu
dedo em riste bem que poderia indicar a corrupção como responsável por menores
apertarem o gatilho, afinal não faz tanto tempo que ocorreu aqui, em nosso (?)
estado do Espírito Santo a Operação Pixote, a qual levou para as grades pessoas
do governo “in-responsáveis” pela socioeducação de menores em conflito com a
lei. Segundo noticiado, cada menor em cerceamento de liberdade custando
absurdamente algo em torno de R$9.000,00/mês.
E
incrivelmente, por conta da manipulação da grande mídia, a qual explora
incansavelmente os efeitos, anulando o consciente coletivo a se debruçar nas
causas, observa-se que o discurso dos oportunistas da “podrelítica” reinante
encontra eco; principalmente no seio familiar das vítimas da falta dessas políticas,
que presas nos efeitos, aplaude os investimentos em segurança/armamento, mas
sequer imagina que o discurso os levará diretamente à armadilha da indústria da
violência a qual visa não erradicar os efeitos, mas somente os lucros,
originados, acreditem, na babá Tv.
Exemplos
não faltam! Basta tirar um dia para ver o que a falta do controle público de conteúdo
na Tv aberta esta fazendo com o futuro do país e então terá capacidade de
compreender porque as crianças não perguntam mais sobre a cegonha e porque
meninas trocaram bonecas por bebês. O cenário montado indica que nossas
crianças, o futuro da nação, muito antes de se tornarem cidadãos plenos,
conhecedores de seus direitos e deveres conhecerão o Estado que ignora suas
necessidades, que permite o estupro coletivo praticados por programas televisivos
que nada agregam à sua existência. Nesse contexto é importante resgatar, além
de muitos, a “geração Xuxa”, influenciada predominantemente pelo visual com exagerados
apelos sexuais, responsável direto pela precocidade da sexualidade
infanto/juvenil.