quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Que sejam felizes nossos próximos 365 dias

Blogueiras e blogueiros desejo que 2010 seja o ano da descoberta do antídoto que salvará 2011, afinal teremos eleição, e infelizmente reeleição. Que tenhamos saúde de ferro para o combate e coração de manteiga para degustar as emoções. Que o menú servido nos próximos 365 dias tenha como tempero básico o amor, único ingrediente capaz de transformar o mundo.

Agora, pare um pouco e reflita... Parece que foi ontem que você efusivamente desejou feliz 2009. Enterrou 2008 em oração na igreja, ou buscou o misticismo do pular as sete ondas; ofertar à Iemanjá flores e perfumes?

Não importa, 2009 agoniza. Provavelmente não haverá cura para suas feridas. Contudo, independente de enterrá-lo na igreja ou de afogá-lo na praia, 2010 será um ano decisivo para a saúde de 2011.

Lembra em quem você votou na última eleição para deputado? Não? Então uma pergunta mais fácil: lembra de alguma lei apresentada e aprovada de interesse coletivo pela atual legislatura? Difícil. Por mais que rebusquemos, só lembramos do dinheiro nas cuecas e meias; nas placas anunciando obras não começadas, ou mesmo terminadas; pensamos nos escândalos, mas não nos lembramos dos autores no pleito seguinte.

Parece que a cada eleição somos acometidos com o mal de Alzheimer. Talvez seja por isso que reelegemos os mesmos atores para curar as mesmas feridas; às vezes aceitando até herdeiros.

Lembra do neto do senador baiano que caminha para reeleição? Dizem que ele também promete cura, igual ao avô que morreu dizendo ter o milagre na pasta cor de rosa.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Cartas adotadas

Sobre as cartas de pedidos de presentes a papai Noel, eu não adoto. Você tem o direito de discordar do meu raciocínio, como eu discordo dos que adotam cartas, e permanecem no anonimato à luta do riso extenso.

O que é mais importante? O riso da criança ou o sentir de dever cumprido do coração doador? Muitos alegam que o sorriso da criança é o que importa. Mas passado o Natal, na ressaca dos mais 365 dias do ano que se inicia, no semáforo da esquina de pivetes famintos, fecham os vidros do carro para se isolarem do mundo, até o próximo Natal. É, talvez seja uma forma encntrada de autoabsolvição.

Infelizmente, ou felizmente, tudo depende da janela. Não alimento o Sistema com a falsa armadilha do riso da criança, pois são tantos os risos de sedução ao longo dos contínuos 365 dias.

A saída é se fixar em Jesus Cristo, que liberta do endividamento parcelado no supérfluo da existência, surgido lá atrás, representando por reis e caixas brilhantes amontoadas no lombo de burros, alimentando a cultura consumista que assassinou a essência do Natal.

As mensagens de compaixão e de fraternidade de Jesus Cristo ficaram esquecidas nas embalagens de presentes que se destacam mais do que o presente que chamamos carinhosamente de Mãe Terra, que, a cada Natal, absorve as toneladas de lixo produzidas na cultura do ter em detrimento do Ser.

Moldemos o presente para salvar o futuro! O natal das caixas coloridas seduz e destrói; ao longo do ano vindouro elas novamente surgirão, subindo ao palco das ilusões com outras faces.

Logo após o Natal vem o carnaval, que antes de se tornar adolescente, já quer ovo da Páscoa, com o riso da mãe em maio, e antes do beijo do pai em agosto, receberá o beijo da namorada ou do namorado.

Muitos talvez já esqueceram, mas as cenas de desertificação noticiadas dia desses, dando conta que o maior arquipélago fluvial do mundo, a Ilha do Marajó, está desaparecendo, retrata bem a cultura do ter, adotada ao longo das mais variadas formas de sedução do capital.

Temos que buscar o antídoto milagroso para manter esse belo recanto Divino flutuando em algum canto desse encanto de Via Láctea.

O comunismo dividiu a Alemanha, que queria ser dona do mundo que o capitalismo está destruindo.

O “temporário” sorriso das crianças é só mais uma armadilha. O melhor sorriso que podemos proporcionar a elas é o de defesa da cidadania plena, sem esmolas do Sistema.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A Amazônia e o verde que deu rasteira nas árvores

Agoniza a Amazônia de rios assoreados por mortos peixes. Vidas do pulmão do mundo agonizam.

Rios antes caudalosos, cheios de peixe, afloram o fundo de mosaico de lama endurecida pelo sol escaldante, e claro, pela ação predatória econômica no patrimônio da humanidade, a Floresta Amazônica. Debate-se na margem de rios quase nus de vida, o último bagre.

Chora o ribeirinho, cada vez mais ribeiro, face o acuo aplicado por rebanhos, que pintam de branco a moribunda floresta que sem poder correr, sente arder em faíscas milenares acarvoados troncos, que aguardam o capim para despistar o holocausto.

O Ribeirinho que antes tinha sua fonte de alimento ao alcance da janela num simples arremesso com isca certa. Agora sai em busca de outros remansos.

Sem ranço do gado, espera buscar sorte grande na cidade. Poder catar papelão, e no fim de semana, comer a costela sem procedência assada no carvão sem certificação.

Mas tudo passa. Logo virão as chuvas que afogam o sul do Brasil e novamente o verde voltará, embora mais fraco, rasteiro e pisado, mas dizem que a solução virá com a máquina que transforma dinheiro em alimento.

A Amazônia e o verde que deu rasteira nas árvores

Agoniza a Amazônia de rios assoreados por mortos peixes. Vidas do pulmão do mundo agonizam.

Rios antes caudalosos, cheios de peixe, afloram o fundo de mosaico de lama endurecida pelo sol escaldante, e claro, pela ação predatória econômica no patrimônio da humanidade, a Floresta Amazônica. Debate-se na margem de rios quase nus de vida, o último bagre.

Chora o ribeirinho, cada vez mais ribeiro, face o acuo aplicado por rebanhos, que pintam de branco a moribunda floresta que sem poder correr, sente arder em faíscas milenares acarvoados troncos, que aguardam o capim para despistar o holocausto.

O Ribeirinho que antes tinha sua fonte de alimento ao alcance da janela num simples arremesso com isca certa. Agora sai em busca de outros remansos.

Sem ranço do gado, espera buscar sorte grande na cidade. Poder catar papelão, e no fim de semana, comer a costela sem procedência, no carvão sem certificação.

Mas tudo passa. Logo virão as chuvas que afogam o sul do Brasil, e novamente o verde voltará, embora mais fraco, rasteiro e pisado, mas dizem que a solução virá com a máquina que transforma dinheiro em alimento.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Eu, você e o Belchior

Se algum dia nos encontrarmos e você vier me perguntar por onde andei, gostaria de dizer que estava com Belchior; bem longe do Sarney e dos cabra da peste que impesteiam os poderes que estão apodrecendo o sonho do brasileiro e de tantos outros irmãos latinos.

Quando assisti à entrevista do fujão latino americano sem parentes importantes, confesso: senti Inveja do Belchior. Queria também poder ir para o Uruguai; voltar a ser um rapaz Latino-Americano e mesmo sem dinheiro no banco, permanecer sonhando acordado de que tudo é divino, tudo é maravilhoso.

E não cantaria a canção como se deve: correta, branca, suave, muito limpa, muito leve. Pois estaria em fuga da sujeirada. Partiria vomitando em cima dos escrementos que nos atormentam com emendas de orçamento e tal, apoiadas nos “emprestados” canhões que avermelharam a rosada casa de Alende.

Nesse contexto, nada é divino, nada; nada é maravilhoso, nada; nada é sagrado; nada, nada é misterioso. Ressuscitaria a “poderosa” e costuraria as veias abertas da nossa querida América Latina, para estancar o sangue derramado de nossos irmãos talhado nas entranhas da exploração encoberta pelo sinistro descobrimento.

Por isso, cada passo deve ser cuidadosamente estudado. O sinal, discretamente está fechado para nós desde que aqui chegaram as três caravelas.

Por ventura ou por azar, vieram com Cristo e o canhão. Quantos índios mataram ninguém pode contar. Conta-se que algumas mortes não ocorreram por ação do invasor que chegou de além-mar trazendo os deuses cavalos; índias mães desesperadas, com receio do futuro, aguardavam com a mão enforcante a vinda do pescoço do rebento, pensando dessa forma libertá-lo.

E o rebento partia com a face rocheada, sem mesmo chegar. Sem soltar o choro de celebração da vida, ou o grito da vitória.

Nem um choro, apenas lamento. Sons, palavras, são navalhas e não podemos cantar como convém sem querer ferir ninguém, pois o ferido de morte sou eu, é você. E de nada adiantará gritar, pois correrá o risco de perceberem sua presença; então o silêncio é a saída, ou quem sabe a abertura de sua sepultura.

A escolha, lembre-se, é você que faz. Pode fugir quando quiser, mas permanecerá preso na lembrança de não ter tentado.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Cúmplice, eu?

Muitas vezes, antes de tombar em definitivo, antes dos joelhos começarem a dobrar, buscamos no silêncio a intenção de prolongar a sobrevivência; até quando? Injustiças chovem ao nosso redor, massacres de inocentes molduram nossa janela, e nem um sussurro de contestação. Emudecemos na cumplicidade do silêncio.

O conformismo do “ainda” ileso, além da mordaça, também coloca venda nos olhos, mesmo que seu ideal não esteja à venda.

Não nos levantamos contra as injustiças, porque somos co-autores no silêncio que camufla a covardia. Emudecemos no assalto à casa do vizinho, à chacina no bar da esquina, até o dia em que nossa vida se enquadrar na alça da mira do medo que cresce, a medida que nos tornamos cúmplices.

Assistimos complacentes a mais um caso de corrupção envolvendo o Estado, sem nos enxergarmos no estado, enquanto eleitores responsáveis que somos, somos?

Um bando de idiotas imaginando que o paraíso está depois da invisível linha da vida é o que somos. Pensamos na morte como algo libertador e esquecemos que a vida deve ser celebrada. Contudo, a vida, a vida mesmo, é só para os guerreiros de coração grande, com visão além do muro que construíram enquanto você cochilava, ou melhor, fingia, só para não ver mais uma covardia.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Viver e não ter a vergonha de ser feliz (...). Por favor, desprogramado.

A misteriosa morte! O apagão final, o desligamento total. Sei que não é assunto de interesse dos vivos, já que significa o outro lado da moeda; independente de ser cara ou coroa ela existe. Talvez mais que a vida que muitos deixam de celebrar presos no abstrato futuro, ou ao passado, passado.

Choro pago. Pagaria por um choro de lamento só para destacar o adeus final? E quanto mais carregado o choro e os soluços, mais importante é a perda, tanto em cifrão, quanto em lembranças de sonhos que jamais se materializarão.

No rito do sarcedote vestido de negro, com capuz sombreando os olhos, empunhando uma foice diabo torto, abastados contratam folclóricas carpideiras, que despejam um rio de lágrimas, mesmo desconhecendo a história do defunto, que deitado se encontra, com viva maquiagem, enquanto os sem posse só lamentam o custo; pudesse escolher, desejaria um crematório público.

E perdemos. Perdemos o cheiro, o riso do ente que se vai, e não nos damos conta, de que a vida, que é um presente, se esvai na absurda irracionalidade da competição dos tolos que nem se dão conta que nasceram vencedores no gozo profundo que fecundou o óvulo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Levando você no ônibus

Nesses tempos de multidão muda, de óculos escuros mesmo no escuro, com fones que impedem o diálogo, permito-me celebrar o discurso do pedinte, mesmo sentido reprovação nos quase mudos corpos acomodados nos assentos.

Vai uma jujuba? Duas por um real.

Nem sim, nem não. Ninguém diz nada. Poucos se limitam a devolver o “convite” à $olidariedade, sem retirar o fone entupidor, ou melhor, destruidor de tímpanos; a maioria se recusa com auxílio dos óculos da indiferença.

Nada de riso ou raiva estampa no rosto do acomodado no assento. Mesmo se estivesse de pé, os óculos escuros com imagens pintadas nas lentes o leva para bem distante da encardida receita azul, que mais um pedinte tenta trazer à luz; só observa o escuro colorido fixado na lente, que vê vermelho, azul e amarelo, só não enxerga o elo.

Pior do que a mudeza da multidão é o sentir-se só na batalha dos moinhos que não são mais de vento, são da fragilidade do espírito, da carne e do osso surgida a cada oportunidade de melhora do dia seguinte. Mas ninguém observa as oportunidades surgidas na existência de todos os dias e horários que senta-se ao seu lado.

Fale o desnecessário! Não ligue para o aviso mal educado pintado no degrau para que diga só o necessário. Diga bom dia! boa noite! e, principalmente, como vai?! Precisamos ouvir, de preferência enxergando o que o corpo diz.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Por favor, uma safena - o visualizar do oculto na farra de obras contra$tante$

A dominação no estado do Espírito Santo por parte das forças que o governam é fato. Essas “invisíveis” forças não nasceram no governo anterior, nem tiveram seu funeral no atual; elas estão enraizadas na cultura de uma privilegiada minoria, desde muitos governos passados. Vivemos de certa forma, dois mundos: um sentido, e o outro visual; um que se apresenta com oportunidades, e outro que assassina a esperança.

Repare na quantidade de efeitos especiais que anestesia sua opinião a cada intervalo do programa que te desprograma na tevê; e você não sabe a cifra, sabe apenas que os corredores dos hospitais públicos estão com doentes. Talvez não, a televisão não mostra mais. Vemos a cada intervalo somente a ponte. Que ela vai ser o novo postal da cidade e que será mais um orgulho capixaba.

Poucos são os que escapam, e conseguem enxergar através dessas propagandas que rompem os nobres intervalos. E ninguém diz quanto foi; quanto gastaram. Não o gasto com a ponte, ela já está feita mesmo, mas com as propagandas da nova ponte que ligará a Capital ilha cheia de cores com o novo Espírito Santo que vê envelhecer os problemas de saúde do povo que pisa sobre o petróleo.

Talvez por isso prevaleça a cor preta. Preta da cor do céu pulverizado do pó preto que estenderá sua ameaça para as praias do litoral sul. Contudo, a informação de que a qualidade do ar está ótima ocupará o intervalo do poder que defende a liberdade de expressão, embora ele nos impeça de sentar a mesa para uma conversa de fim de dia em família.

Os escassos fugitivos dessa matrix institucional conseguem enxergar o poluído fundo escuro que reflete a ponte postal, que logo receberá um nome iniciado com letra maiúscula. E a mistificarão como se ela fosse a ligação para alcançarmos desejos urgentes de resgate da nossa minúscula cidadania.

E de propósito nos fazem esquecer de que não há mais oposição no processo político, nem renovação; que escutar do avô senador, pai do filho deputado de que o neto está no caminho certo é comum nesses tempos de pragmatismo político. Incomum é ouvir que precisamos oxigenar a política, que precisamos saber o custo dessas propagandas pagas com dinheiro público.

Plim, plim

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Espelho quebrado

Culpamos o mundo, o destino e até mesmo as Escrituras, mas esquecemos do principal culpado por nossos fracassos: o reflexo do espelho. Domingo (09), ao descer da região serrana, como de costume, mais um veiculo cortou reto na curva e despencou com sua carga, numa, das muitas ribanceiras da BR-262, e também como de costume, lá estavam os saqueadores de cargas.

Incrível como existem felizes com a desgraça alheia. Em julho, também na BR-262, na altura da ponte sobre o Rio Cavalo, próximo a Pedra azul, também observei o saque da carga de um caminhão; e o mais absurdo: o riso bestial estampado na face dos saqueadores.

Especificamente no saque de domingo, chamou-me a atenção que alguns saqueadores eram pais retornando do almoço comemorativo ao Dias dos Pais nos restaurantes e hotéis da região. Um exemplo e tanto que alguns estavam dando para os filhos que observava o pai herói retornando bandido com a carga roubada.

Depois culpamos os políticos, o tal Sistema, sem enxergar o reflexo do espelho.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Rastreando o boi para salvar o planeta

A queda no preço interno da carne bovina não é decorrente da crise econômica e sim ambiental. As grandes redes de supermercados, com nota também assinada pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), anunciaram a suspensão da compra de produtos bovinos vindos da Amazônia. Segundo foi divulgado pelo Greenpeace, na onda da pressão mundial para combater o desmatamento na Amazônia, o Banco Mundial cancelou um empréstimo concedido ao frigorífico Bertin um dos maiores do Brasil.

O Greenpeace também divulgou que grandes marcas de calçados anunciaram que não comprarão couro oriundo das áreas de desmatamento, dando destaque também para o frigorífico Mafrig, considerado o quarto maior do mundo, que divulgou à fornecedores que não adquirirá animais de áreas desmatadas.

Pelo visto, a queda do preço da carne bovina tem origem a não exigência da certificação dos produtos em nosso comércio interno, ao contrário dos nossos importadores, que por pressão dos clientes lá de fora, fazem exigência da certificação, que se traduz no rastreamento do produto consumido.

O dia em que atingirmos o grau de responsabilidade socioambiental tão necessário no mundo da avalanche tecnológica, exigindo certificação dos produtos consumidos, de forma individual estaremos contribuindo para melhoria da saúde de nosso planeta.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

MP-458: a traição

Mudaram as ideias ou ser camaleão é fundamental para maior permanência no poder? No cenário político atual, no jogo do poder, os inimigos de ontem hoje são amigos porque os tempos mudaram, ou são amigos por que é preciso repartir?

Os que condenaram no passado as políticas neo-liberais privatizantes, por exemplo, a mau digerida privatização da Vale do Rio Doce, que gritavam o petróleo é nosso, continuam o processo de entrega do patrimônio público, dessa vez sem ecos de oposição. E fica a pergunta que não quer calar: sob que bandeira? Os tucanos usaram a da globalização, enquanto que o "PT das antigas" saía às ruas defendendo o patrimônio público, moral, ética e umas tantas e tantas vezes o “Fora Sarney!”

Antes era comum identificar o idealista de esquerda: vestia camiseta vermelha, os homens, no geral, faziam uso de barba; já os “almofadinhas” da direita, sempre no terno e militarmente barbeados. Hoje, todos usam Armani, e de forma silenciosa estão entregando 67 milhões de hectares públicos para exploração privada. Superfície na extensão dos estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro entregue à exploração privada sem debate público.

Ouvi da ex-Ministra Marina Silva que pela MP-458 sete por cento dos 67 milhões de hectares atingirão a maioria dos assentados, os 93% restantes destinados à minoria. Meio que alucinante a controversidade dessa divisão, mais falamos do Brasil.

A carência para vender a terra legalizada é outro esculacho com a inteligência do povo: para as grandes propriedades o prazo é de três anos, ou seja, 36 meses para privatização, já que neste início da Medida não entrará pessoa jurídica; já para as pequenas, 10 anos.

A Amazônia não pertence ao estado do Amazonas e nem ao Mato Grosso que vai engolindo a selva com seus vastos campos de soja. Também não pertence ao Equador, nem ao Peru e aos demais que aglomeram a Amazônia equatorial.

A floresta é o maciço de equilíbrio da vida nas Américas, um exemplo muito costumeiro está na precipitação pluviométrica ocorridas nas regiões sudeste e centro-oeste do Brasil, portanto, patrimônio de todos, no caso da MP-458, pertencente ao povo brasileiro. Sua venda, sua entrega ou doação, só deveria ocorrer mediante plebiscito.

O planeta Terra é um corpo vivo; a Amazônia sua pele, protegendo o coração água. E nem um alvoroço no Alvorada.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Psiu

“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”. Essa profunda reflexão do líder Martin Luter King Júnior que abre meu blog ecoa há décadas, então nos damos conta de que, embora alguns escrevam, outros sequer leem; todos permanecermos mudos. E o mal avança.

É normal permanecer sentado frente ao telejornal, enquanto estouram mais um, dos mais de 300 atos secretos da mesa diretora do Senado. Neto e sobrinha do Imortal, pela Academia Brasileira de Letras, senador José Sarney, nomeados para a instalação da dominação familiar de um dos principais pilares dos poderes do Brasil, tudo de forma sigilosa.

Por que sigilo se as coisas saltam aos nossos olhos e nem um grito? Sequer o brado retumbante que querem que acreditemos. Hoje Sarney. Ontem foi quem mesmo? Foram tantos desde o Pau Oco. E nos silenciamos frente à fogueira.

O silêncio é o mais forte aliado da instalação de acomodação do “enquanto sobrevivente”; enquanto eles vivem e se proliferam, alimentados por um silêncio com um arsenal repleto de gritos.

Mas ninguém grita. Alguns até escrevem, mas a maioria não tem tempo para ler; e o mal tem pressa.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Pense... Pensando

O conceito felicidade é muito extenso, admito sua infinidade, tamanho são os sorrisos enxergados no invisível da existência.

No mundo dos bilionários suicidas, também enxergamos o sorriso do andarilho que acaba de ganhar um pastel e um caldo.

A felicidade do andarilho dá quase para tocar seu sentimento, enquanto que ao suicida, só lamentamos o que faríamo$.

A felicidade é meio que invisível. Quem a tem não consegue enxergar, serve apenas de vitrine para os outros; que também não enxergam, apenas competem por instinto, ou será extinto? Embora existam felizes caçadores de felicidade.

Ele quer ser igual a você. Você é igual a quem?

Enquanto que o andarilho, em nosso conceito de sociedade de sucesso, é classificado como infeliz, você se dá conta que um louco está gargalhando na rua feliz, embora você sonhe com o iate que o suicida deixou de se alegrar.

Felicidade é a paz, ou será a guerra que faz a alegria de outros? Há vencidos felizes? Sim, porém também há de existir vitoriosos tristes, embora também acampe a alegria rodeada de tristeza.

A tristeza é o tempero mágico da alegria. Ambas são infinitas no poder, embora permaneçam finitas, já que uma depende da existência da outra, ou seja, mata-se ou ressuscita-se para viver, para depois morrer, e ressurgir novamente.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cuba

Finalmente, após 47 anos, os países da Organização dos Estados Americanos (OEA) revogam a expulsão de Cuba. Expulsão esta, aplicada por exigência dos Estados Unidos, após a vitória da revolução cubana, contra o ditador Fulgêncio Batista, que igual ao também ditador do Chile, Augusto Pinochet Ugart gozava de simpatia do governo estadunidense.

Vale lembrar que em 2005 a Assembléia Geral das Nações Unidas condenou o bloqueio pela 14º vez por uma larga margem. Apenas três países votaram contra a resolução da ONU que pedia o fim do bloqueio norte-americano a Cuba, sendo eles: Ilhas Marshall, Israel e o próprio Estados Unidos, governado pelo então presidente George W. Bush II.

Cuba, antes da revolução promovida pelo grupo dos 81 rebeldes comandados por Fidel Castro, era o quintal dos ricos de Miami, que desconheciam o que era pedofilia, leilões de jovens virgens eram realizados como forma de manter a “boa” relação com os EUA e o ditador Batista; que de sargento foi promovido a coronel da noite para o dia, para armar a derrubada do governo de Ramon Grau San Martin.

A economia cubana era alicerçada na cultura da cana-de-açucar, ou seja, boa parte do ano, os cubanos viviam a mercê das farras promovidas pelos ricaços de Miami, pois a mão-de-obra era avulsa; digamos que a maioria do povo cubano vivia em regime quase semi-escravo, a mercê do latifúndio estrangeiro que produzia açúcar.

O mais interessante na questão da expulsão de Cuba da OEA, é que não observamos as mesmas sanções punitivas para outros governos classificados como ditadores. No Brasil, por exemplo, vivemos anos sombrios, no qual a própria liberdade buscava se ocultar nos porões do Departamento de Ordem Política e Social, o tenebroso DOPS, e nem um grito externo para derrubar o sanguinário regime da época fora dado.

Enfim, o respeito à soberania do povo cubano. Cuba merece.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Avesso invertido

E o delegado Protógenes Queiroz virou réu por violação de sigilo na Operação Satiagraha. Vazou informação? Investigue-se, Ok? Comenta-se muito a vazão, e não as informações colhidas na investigação; muito menos sobre os principais investigados, Daniel Dantas e Celso Pitta. Esse último ajuizou ação contra o Estado, cobrando cifras que poria de pé um estruturado posto de saúde, por conta das imagens divulgadas da sua captura na operação coordenada pelo delegado.

Funcionário público da qualidade do delegado Protógenes, não se encontra em qualquer esquina dos poderes públicos espalhados Brasil afora, ele é raro. E ficarão em condição de extinção, caso seja ele, o delegado Protógenes, a bruxa da operação Satiagraha.

Só resta pedir socorro Divino: Oh Deus, protege o Protógenes de todo o mal e dos maus que roubam dinheiro público; juízo ao povo, caso contrário permanecerão elegendo os mesmos. Amém.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Senado Espírito Santo/2010

Para o senado, a eleição de 2010 promete emoções. São duas vagas, permanece apenas o senador Renato Casagrande, que tem mais quatro anos. Caso o senador Gerson Camata busque a aposentadoria política, a dinâmica ficará por conta do campeão de votos: Paulo Hartung ou Magno Malta? Partindo das polarizações que as pesquisas apontarão, quem será o campeão?

Quem no momento poderia apontar o campeão? Magno Malta contando com o apoio de fatia importante dos evangélicos, ou Paulo Hartung (introduzidos alfabeticamente), com imagem cada vez mais solidificada, divulgada aos quatro ventos do Espírito Santo, recebido de três ciclones extra tropical, com uma assembléia legislativa de tormentas grátis, com anjo, que de quebra toca valsa de madrugada.

Por mais que denunciem a opacidade das políticas públicas de segurança, de meio ambiente e de saúde, principalmente, é PH por qualquer canto dos encantos desse Estado.

Eis que surge a pedofilia. "Todos contra a pedofilia". Quem nunca viu ou ouviu essa frase? Práticas inaceitáveis de uma sociedade que pensa ser civilizada, faz ressurgir das cinzas o senador Magno Malta. Tentaram até arrumar umas complicadas viagens de farras pagas pelo o erário, mas a força da missão, assim como foi à missão de combate as drogas, mantém holofotes sobre o senador.

Fica difícil definir quem será o campeão, afinal ainda não sentimos os efeitos dos financiamentos privados de campanhas e desconhecemos os suplentes, o primeiro na sucessão. O mandato do senador é de oito anos, prorrogáveis graças a reeleição, podendo o titular se aventurar em outras searas surgidas a cada dois anos; ampliando oportunidades a desconhecidos suplentes, que apresentarão, aprovarão o não, projetos que ditarão regras de sociedade. Que sociedade?

O camuflado linchamento do senador Gerson Camata, devia ter um indiciado: seu assessor por dezenove anos prevaricou, ou não?

O Suplente do senador Casagrande assumirá? Quem será? Vai que um acordo o faz governador. Quando PH disputou o governo foi o empresário Mota, ex-prefeito da Serra, seu suplente.

Quem ganhará essa tsunâmica disputa? Espero que entre mortos e feridos, escape ileso nós, o povo.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Mãe

Mãe querida desculpe, nós, filhos do pai dinheiro, do pai poder. Não percebemos suas dores há centenas de milhares de anos. Desde que aqui chegamos, matamos uns aos outros, sem distinção. Muitos nunca mais poderão perpetuar sua espécie, por terem sido extintos, aniquilados, varridos de sua eterna gestação.

Na sua dor Mãe, as feridas estigmatizadas, segundo pensadores filhos teu, são originadas na própria essência dos filhos acolhidos: o homem é mau por natureza, egoísta, invejoso. Busca desejos que surgem à medida que se conquistam outros, logo deixados de lado, para que a destruição permaneça na abstração da busca nunca alcançada, pois esquece de vasculhar a própria essência.

Mãe, as vezes fico tentando buscar motivos que justifique os atos insanos de filhos poderosos, que usam todo o conhecimento para testar armas de destruição da própria espécie; atravessando com a lança da insanidade o seu generoso coração, que já não bate como no início, vendo todos os filhos acolhidos correndo por seus campos, matas, vales, rios e cachoeiras. Quantos buracos ainda farão em seu aconchegante corpo para testar o poder da destruição atômica?

É Mãe, lembra do seu filho Gagari, que quando a viu lá das alturas pela primeira vez e disse a todos que ficaram que você é azul?

Muito tempo já se passou desde então; guerras e testes nucleares ocorreram em virtude da natureza maldita de filhos que pensam que o rompimento do cordão umbilical representa o desligamento materno, sem ter a noção, que mãe, biológica ou não, sofre mesmo a distância.

Perdoe Mãe seus filhos políticos, que dilaceram suas entranhas para sugar as sobras de sua energia, mesmo estando cientes de que corres perigo de morte; eles, por ignorân$$ia não percebem que seus tremores e sua febre são efeitos colaterais dessa sociedade autodestrutiva.

A todas as mães, biológicas ou não, meu profundo carinho. Que o amor doado, ajude a resgatar as outras essências humanas esquecidas; a essência do amor, da compaixão e da solidariedade.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O Tocador de atabaque (Eduardo Alves Costa). Minha homenagem ao brasileiro servidor público, delegado federal, Protógenes Queiroz

O Tocador de Atabaque
(Eduardo Alves da Costa)


Querem o meu verso
De nariz para o ar,
Equilibrando a esfera,
Enquanto alguém bate com a varinha
Para me por no compasso.
Pedem-me que não seja violento
E me mantenha equilibrado
Entre a forma e o fundo,
Porque a platéia não deve sofrer
Emoções fortes.


Mas eu, nascido num tempo de sussurros,
Tenho a voz contundente
E por mais que me esforce
Não sirvo para cantar no coro.


Sei apenas tocar meu atabaque.


Assim, que me perdoem
Os amantes dos saraus
E os arquitetos de labirintos,
Que as senhoras se protejam com o xale
E os corações delicados
Se encostem à parede
Para fugir às correntes de ar.


Bato no atabaque
Até estourar os tímpanos fracos
E chamo num grito de gozo
As almas bravias,
Para dançarmos juntos,
Mordidos pela mentira do mundo,
Com os nervos envenenados
E a jugular aos pinotes.
Escutem, eu vou lhes contar a história
Do leão que tinha um espinho na pata...


Bato no atabaque e me consumo
Como se o sangue fugisse
Por um rio subterrâneo.


Vamos, o senhor não pode enganar todos
Durante todo o tempo.


Bato no atabaque
Quem quiser cantar
Que me dê um tom.
Por que ao sair do trabalho
A gente não volta para casa
De montanha-russa?


Bato no atabaque...
Matou o patrão com cinco tiros
Porque foi despedido
Sem aviso prévio.


Bato no atabaque...
Izabel acho que meu pai,
Quando souber,
Vai me bater.
Bato no atabaque...
Moço, compra uma flor
Pra namorada?
Bato no atabaque...
Você acha que eles bombardeiam a China?


Bato no atabaque
e o furacão me arranca pela raize
e eu sou um baobá
atravessando os céus da Flórida
para cair em Nova York,
sacudindo a bolsa de valores
como um enfarte.
Não sei... prá mim
Quem matou Kenedy
Foi a reação.


Bato, bato, bato no atabaque
Até consumir o terceiro estágio
de minha alma de astronauta
e ficar girando,
fora de órbita,
para sempre.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Olhando pela fresta: O Senador Renato Casagrande e a palestra sobre Reforma do Código Penal Brasileiro, na FAESA.

A esperada palestra do senador Renato Casagrande na FAESA não teve o brilho da platéia que lotou o auditório, na espera de propostas esclarecedoras, em cena o Código Penal Brasileiro. Com uns cinco minutos de fala do senador, o brilho da platéia foi se tornando opaco, até a escuridão do fechar da cortina das pálpebras, num ressonar de tédio. Por instantes não observei o senador, mas sim um político à moda antiga, que lança discursos vazios, acostumado com um público às avessas do cotidiano.

O senador, na realidade, fez do debate, ou sei-lá-o-quê, seu palanque. Vi um discurso voltado apenas para os efeitos, esqueceu as causas propositalmente.

O fato de ele ter lhe autoconcedido mais dez minutos para completar os improdutivos 30 minutos, foi de uma deselegância com os que ainda brilhavam na platéia.

A linha da fala dele possibilitava o troco. Estava pensando a oportunidade que ele estava nos dando para debater sobre o Direito político, a sonhada Reforma Política, e nada falamos; ficamos mudos diante de um político, que desconhece que o povo pensa.

Os noticiários rotineiramente estampam os escândalos envolvendo a coisa pública, e ficamos mudos diante do senador da República Federativa do Brasil. Era a oportunidade para lhe perguntar sobre o financiamento público ou privado da democracia; os escândalos da Camargo Correia financiadora de democra$$ia, e também responsável pela interditada obra de construção do aeroporto de Vitória.

O senador desconheceu a inteligência dos que ali estavam presente, quando caolhamente, abordou somente os efeitos dos delitos, as ações públicas que desconhecemos de combate ao crime, ou mesmo, da fantástica arma que não mata, apenas imobiliza. Deve ser uma arma e tanta. Bem que poderiam fazer uso em Brasília.

E nem a manifestação de uma sílaba, louca para se transformar em dissílabo de indignação, perante o discurso vazio do senador. Podíamos perguntar sobre a comentada “mainardimente”, Operação Royalties, desenvolvida pela policia federal, que segundo o comentário, inclui o nome de Victor Martins, presidente da ANP , em investigação, que pelo visto, só o Diogo Mainardi sabe.

Mais que a Reforma do Código Penal, Código este que não cuida das causas, apenas os efeitos colaterais, precisamos resgatar a ética na classe política brasileira. A falta de moral no trato com a coisa pública, é o que permite imaginarmos que a reforma do Código Penal, se possível, devia se basear somente no Código de Hamurabi, vistos os exemplos citados pelo senador.

A palestra foi razoável, poderia ficar melhor, com democracia; com espaços para a comunidade acadêmica em geral contribuir para o processo de esclarecimento de problemas do cotidiano. Fiquei quase até o fim, digo quase, pois saí antes das palmas. Embora eu quisesse falar, mas não dava mais tempo, uma prova de filosofia me aguardava. E fui, com a imagem do senador acorrentado na caverna.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Não existe filtro entre o que é processado em meu cérebro e o que sai por meio da minha fala

Alguns talvez encontrem dificuldades em compreender a troca de mensagens abaixo. A essência do conteúdo se baseia em resposta à política ilúsória reinante, principalmente, pelas bandas de meu querido estado do Espírito Santo, que parece ter estacionado à época das capitanias hereditárias.

Pelas bandas de cá, político derrotado nas urnas, na manifestação democrática do voto, é agraciado com cargos em outras esferas das diversas formas de Poderes, tudo pela costura das eleições que acontecem a cada dois anos, embora, contudo, as coisas permaneçam como d'antes: com imperadores, príncipes, súditos, ou melhor, vassalos de um sistema fálido, chamado de democracia brasileira.

O que segue, é minha resposta ao convite (deletado na visulaização da caixa de entrada) feito pelo ex-vereador de Vitória, agora Secretário de Estado, Luciano Resende. O texto é o desabafo ao e-mail enviado com fotos e a falácia típica do êngodo político brasileiro de se fazer democracia.

A mensagem de "agradecimento":
Prezado(a) amigo(a),

A nossa posse ontem foi um evento que me emocionou... segue, abaixo, as fotos e cobertura jornalística.

Mais de 1000 pessoas passaram por lá. O trânsito no local chegou a parar e tive que andar com o meu pai e com o Roberto Freire, por quase um kilometro, subindo ladeiras, para chegar ao Palácio do Governo. Agradecimento especial aos dois, que já entraram no "clima" da pasta dos Esportes.

Mais notícias da posse e da secretaria no site


Obrigado pela força e bom dia,

Luciano Rezende


Resposta:
Prezado agora Secretário Estadual de Esportes e lazer, Luciano Resende, as fotos ficaram boas. Parabéns para você, embora, contudo, meu pensar vai um pouco além das lentes fotográficas; tenho uma memória privilegiada, a qual me proporciona fazer comparativos com o antes e o depois; vai mais ou menos ao encontro do: "o futuro repetir o passado, um museu de grandes novidades, e o tempo não pára", nós é que estacionamos, permitimo-nos anestesiar, com o bombardeio midiático...

Diante de todo esse assombro, da quase extinção dos valores básicos que se esperam da sociedade do século XXI, só me resta lamentar na forma que eu ainda tenho força: a escrita, o desabafo no ajuntamento de letras que formam os gritos presos no meu coração, resultante desse observar da humanidade. E já que sua pasta, observa o lazer... Por favor, menos porto, e mais qualidade de vida, estreite a relação com a Secretaria do Meio Ambiente (Seama). A instalação de complexo portuário ou similar no local do presídio que não implodiu, poderá comprometer o estuário do mangue de Aribiri.

O povo de Vila Velha, assim como o de Vitória, ficariam felizes em ver a criação de um parque/reserva naquele local. A Baía de Vitória tem uma linda geografia, devendo ser melhor apresentada aos olhos dos habitantes e dos turistas que por aqui passam; ajude dar um basta nas sucatas flutuantes que se proliferam, boiando nesse belo cartão postal, que aliás, só é belo porque ainda não inventaram fotografia com cheiro, ou melhor fedor.

Dia desses publicaram um texto de minha autoria (Castelo de Abrantes) que reflete, mais ou menos as coisas capturadas na minha retina e que são processadas no meu cérebro.

Conforme pode comprovar, gosto do ajuntamento das letras, mas o trabalho me chama. No mais, que todos tenham sucesso com sua gestão, que ela não sirva para poucos.

Fernando Magno
Vitória-ES

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Eu, caçador de mim

Qual o profissional de nível superior surgirá se na saída das faculdades observamos o lobo devorando o homem? Que engenheiro, advogado, juiz ou pedagogo está se formando nas faculdades? Não há gentilezas, a disputa na saída, embora “invisível”, prevalece, suprimindo o valor à vida; todo o aprendizado desaparece num simples terminar de aula.

Carros seguem em comboio único, como se fosse um expresso da intolerância conduzido por bestas competitivas. Lobos montados em motos rasgam o pátio, com uma única visão: o portão de saída; sequer observam as ovelhas que buscam por seus veículos, até também se transformarem em lobos, ou melhor, bestas apocalípticas.

Quando esse homem não tiver mais com quem competir, devorará a si próprio, pois até o reflexo do espelho já se fundiu na cegueira da disputa.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O umbigo

O que fazer para se manter em equilíbrio? São tantos os fatores desequilibrantes, resultantes dessa cultura consumista e competitiva, que acelera conforme vão se exaurindo os recursos naturais do planeta e a ética universal de valores básicos, que penso, que para essa rápida visita, não devia ter descartado o cordão umbilical; podia tranquilamente buscar o equilíbrio na corda bamba do umbigo, e não permanecer cego em sua órbita.

É a orbitação umbilical nosso maior obstáculo para o crescimento que aqui viemos buscar, conscientes ou não. Observe e chegará à conclusão de que o flagelo da humanidade, está alicerçado nessa órbita que nos faz pensar apenas no indivíduo. E esse pensar individual nos trancafia com a ignorante cegueira coletiva, que se torna na venda que faz escurecer o túnel.

Consegue ver a luz? Não, nem o túnel! Apenas o umbigo.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A lua e a ONU

Finalmente apareceu a lua. Depois de semanas de chuva, a lua. Tudo bem que daqui a pouco teremos que decretar guerra contra o mosquito da dengue, mas a lua, minha primeira lua de 2009 deve ser celebrada.

Pudesse enviaria uma bela lua cheia para os habitantes de Gaza. Quem sabe a ONU, o Mundo, observaria genocídio, e não combate, e adotaria as Sanções que desejam a humanidade, que permanece imóvel na poltrona da sala, assistindo via satélite imagens surreais de chuvas de bombas, lançadas sobre a história da luta pela libertação do povo palestino.

Não há combate. Há resistência ao genocídio! Resistência à ocupação promovida pela ONU, que em 1949, com voto do então diplomata Oswaldo Aranha, criou o Estado de Israel. ONU que não garante a paz, que permitiu a farsa da busca por armas de destruição em massa no Iraque.

Não vou entrar na questão a funda contra o fuzil M-16, iniciada em 1987, e terminada com assinatura do Acordo de Oslo, em 1993, e reiniciada com a indesejável visita de Ariel Sharon à Esplanada das mesquitas; quero lembrar o que a grande mídia esquece de abordar: o Muro da Vergonha, muito parecido com o que dividia a Alemanha do pós-guerra.

O que está acontecendo ao povo palestino e demais raças que habitam a estreita Faixa de Gaza não pode ser aceito nos conceitos de uma humanidade que domina a ciência e a comunicação.

Quanto a lua, ela é bela, a ONU que é apagada.

Seu candidato a presidente tem a coragem que o povo brasileiro necessita?

Eis que no Brasil golpeado por traidores, surge como salvação da pátria roubada a proposta de ampliação de escolas militares. Vão espalha...